A minha escrita!

Achei por bem, criar um espaço dedicado aos nossos escritos pessoais. Para aqueles membros, que gostam de dar asas à imaginação, e habitualmente - ou não - criam textos sejam prosa ou poesia de sua autoria. Segue então este tópico como propósito de divulgação.
Eu dou o exemplo, e deixo o meu blogue pessoal como referência, onde se encontram armazenados, muitos dos textos, que tenho escrito nos últimos tempos. www.cronicasdeumbomrebelde.blogspot.com
Visitas, comentários e afins serão bem-vindos. No futuro tratarei de postar directamente os textos aqui.
Acusem-se vocês agora!

Aqui fica um texto fresquinho. Espero que gostem!

Tela vazia. Retrato de um Domingo.

Confundo-me com um domingo vulgar. Os domingos são assim, telas vazias. Ecoam desprovidos, escasseia o ruído abunda o silêncio estridente. Um domingo é nostalgia que caminha discreta sem se deixar ver pelas ruas desérticas, sem deixar vestígio à espreita. Vai incendiando tudo aquilo em que um dia ousei acreditar. Cometi momentaneamente a imprudência de pensar que num destes dias conformes, seria completo de felicidade de facto. Limito-me por ora a ser, ser resto. Resto de sonhos; resto de almas esventradas e destroçadas de coeficientes incógnitos que causam pesar. Retiro às palavras brilho, tendência suicida de as embelezar e abrilhantar com o que de real nada possui. Martírio numa envolvência crescente que se apresenta mascarado de veracidade.

Tento apressadamente fugir à vulgaridade com que me assemelho. Sombra de um Eu maior, que passeava triunfante, com a perdida e longínqua áurea, que agora se desvanece em pedaços desconformes. Quando quase te encontrei naquele acaso, como sempre acontece, pensei estar insano e perdido. Ter batido à porta errada. Olhei a rua duas vezes, num trejeito de confirmação. Observei-te e continuavas no mesmíssimo local, onde te encontrara. Ali estavas tu, davas-me troco, parecias feliz. Fazias-me crer vencer a curta distância que nos sustinha separados. Senti-me num ápice abastecido de contentamento. Vi-me impelido como um satélite fora de rota e controle, de encontro à tua invulgar capacidade de preencher os meus dias sisudos, transformando a minha expressão facial em sorrisos que perduram. Senti-me tentado a retribuir-te na mesma moeda. Mas assim que olhei para mim, encontrei-me de mãos cheias de um nada que se esvazia perante o tudo que era a tua feição imaculada. A mim confundi-me com a ninharia, que tudo lhe falta. Vejo-me correr neste circuito fechado, neste círculo demasiado perfeito, de modo a apresentar brechas por onde escapar. No percurso nenhuma escapatória possível fora detectada, a fim de virar costas a esta triste dormência, velho fado sabido.

Sempre falho. É fácil falhar quando me vejo no papel principal, maestro de banda que não afina, tentativa após tentativa forçada. Não gosto de domingos, como poderia não gostar de sábados. Afligem-me a alma, consomem-me o calor que vai sobrevivendo ténue. Em paralelo com a relatividade da tua presença espiritual, física ou vice-versa. Tudo é relativo quando não partilhamos o mesmo chão. Quando não existem mãos apaziguadoras para acalmar. Lembro-me de despedidas forçadas, efectuadas em domingos nocturnos. Ruídos de comboios estridentes a partir rumo ao desconhecido pardo. Ficam os sonhos que não ousamos contar, ou mesmo realizar. Falta de coragem ou medo de ir mais além, há quem diga.

Muito bom! Gostei, Weasley. E sem dúvida um retrato perfeito de um Domingo..

Continua!

Muitíssimo obrigado pelo elogio Lyra. Tento sempre transparecer cá para fora, algumas das minhas emoções e sensações em forma de palavras que conjugadas resultem em algo fluído. Tratarei de continuar com toda a certeza.

Bem, criei um blog´há pouco tempo no qual fiz uma fanfic de HP: Snape/Hermione.
Sim, nao me enganei, é mesmo um romance entre Snape/Hermione....deixo aqui o blog com uma advertencia, cuidado com o capítulo 7
a Fic está escrita na primeira pessoa e começa no capítulo 2, pois infelizmente perdi o 1...

http://pensatoriohoje.blogspot.com/

Só hoje li o que escreveste Weasley, eu já tinha lido algumas coisas tuas e gosto muito... não é mesmo o tipo de leitura que eu faça normalmente mas acho que sabes o que dizes,tens sensibilidade nas palavras, fazes-me sentir o que escreves. Eu gostava de arranjar também uma forma de me expressar, muitas vezes quero dizer o que sinto fazendo arte mas não consigo, antes desenhava, adorava e toda a gente me dizia que eu tinha realmente futuro, também dançava e isso ajudava-me muito mas deixei de fazer tudo e agora não é nada fácil recomeçar, desenhar já não sei...já não tenho mão para o lápis e quanto a dança, infelizmente não tenho onde praticar nem com quem praticar, o grupo onde eu estive ainda existe mas eu já não posso voltar.

snape_lover escreveu:

Bem, criei um blog´há pouco tempo no qual fiz uma fanfic de HP: Snape/Hermione.
Sim, nao me enganei, é mesmo um romance entre Snape/Hermione....deixo aqui o blog com uma advertencia, cuidado com o capítulo 7
a Fic está escrita na primeira pessoa e começa no capítulo 2, pois infelizmente perdi o 1...

http://pensatoriohoje.blogspot.com/

Ainda estou no capítulo 3 mas até ao momento acho que está muito bom. Acho que tens uma escrita bastante profunda e sinceram Smape_Lover, claro que vou moldar novas ideias sobre a tua escrita, mas até ao momento achei que estava espetacular

Obrigada! Continua a ler então, espero que gostes

Sim, ja estou a ler e vou neste momento para o capitulo 4

Deixo aqui o meu, já não escrevo lá para aí há um mês mas vou retomar quando tiver tempo.

http://regratressimples.wordpress.com/

OdonoDakelCeu escreveu:

Só hoje li o que escreveste Weasley, eu já tinha lido algumas coisas tuas e gosto muito... não é mesmo o tipo de leitura que eu faça normalmente mas acho que sabes o que dizes,tens sensibilidade nas palavras, fazes-me sentir o que escreves. Eu gostava de arranjar também uma forma de me expressar, muitas vezes quero dizer o que sinto fazendo arte mas não consigo, antes desenhava, adorava e toda a gente me dizia que eu tinha realmente futuro, também dançava e isso ajudava-me muito mas deixei de fazer tudo e agora não é nada fácil recomeçar, desenhar já não sei...já não tenho mão para o lápis e quanto a dança, infelizmente não tenho onde praticar nem com quem praticar, o grupo onde eu estive ainda existe mas eu já não posso voltar.

Muito obrigado pelos elogios dono. E acima de tudo por seres leitor assíduo dos meus textos. Em relação ao que escrevo. Basicamente resume-se a algo natural; Não é algo que necessite de ser forçado, ou que tenha que despender grande esforço para o conseguir. É algo intrínseco e natural. É a forma, em que melhor expresso os meus sentimentos. Tenho uma particularidade de apenas conseguir escrever, quando estou melancólico. Geralmente não consigo; nem tenho muito jeito, verdade seja dita, para escrever sobre coisas/pessoas/acontecimentos felizes e alegres. ;D

O conselho que te posso dar, - se é que posso sequer dar conselhos a alguém - é deixares-te motivar e inspirar por ti mesmo. Deita para folhas em branco, ideias, pensamentos, situações reais. Mesmo que na altura não te saía um texto. Essas simples frases, dias mais tarde, podem despontar o processo de construção de um texto noutra altura. Lembra-te que o primeiro passo para seres bem sucedido é sempre tentar.

Aqui fica o meu recente texto escrito.

***

Capítulo que ninguém leu.

Avisto um caminho difuso a encruzilhada surge apressada arriscando engolir-me. Sinto-me sem dar fé de tal conjectura. Acordo do pesadelo hediondo e encontro-me subjugado à beira do precipício que sou eu próprio. Domesticado pela robustez dos meus atordoados pensamentos. Tem vezes que me perco. Tem dias que te encontro. Encontro-te assim, com quem num acaso revê uma velha companhia que ficou acomodada num passado longínquo. Abandonada às portas de um episódio transacto e prescrito por lei. Encontro-te em palavras que não quero, que não minhas. Tropeço em letras de outros e de sua autoria. Por lá vejo-te e identifico-te sem complicação de forma descarada. És tu. À primeira vista desenho a hipótese de não passares de uma miragem num deserto sem pingo de cor. Vulgar desconhecida face à pequenez da caligrafia que sugere uma lupa arcaica para sua percepção parcial.

Com a proximidade vai-se aguçando o interesse, incendeia-se a fogueira dos sentidos. Frases tornam-se cúmplices, claras, assustadoramente perceptíveis. Trazem-te acorrentadas contigo, acompanhadas da tua essência sem significado. Melodia melancólica e corrosiva no virar de uma página que se desfolha, que se desgasta, ficando para trás esquecida. Talvez nunca mais visitada. Limitando-se a ser peça que proporcionou vida a um enredo montado e contínuo. Espreitas-me dessa fresta figurada, vislumbre do teu aroma que se apaga. Por momentos momentâneos o teu perfume ataca-me o meu sistema nevrálgico. Confunde-me as coordenadas. Vislumbro-nos separados no papel límpido e incólume de uma obra que ninguém ousou tocar. Por breves instantes dura uma luta de colossais gigantes com a complexidade dos destinos que não tem decifração. A bem dizer - temos tão pouco um do outro. Nada que nos una, que nos sustenha um no outro. Tal e qual como no firmamento, separados por galáxias disformes e tremendamente remotas. És sentimento oco, sem nome sem rosto a quem atribuir transgressão. Às vezes chegas-me às mãos sem saber de que destino acorres. De que autocarro desceste. De que braços te desprendeste e encostaste a mim. Desconheço de que cruzada advéns. Assaltas-me o pensamento e trocamos palavras corriqueiras de quem mais nada tem para apresentar e partilhar e ficamos assim. Hoje cruzei-me contigo em palavras que não são minhas, muito menos saídas do teu esboço. Palavras que nada nos dizem, a outros dirigidas. Encontrei-te impingida em letras de desconhecidos. De terceiros que pareciam tanto de nós saber. Pareciam sussurrar segredos nossos. Por nós trocados em tons soltos de confidência em cidades e locais que se desmoronaram.

Já nada tenho de ti, uma mera fotografia que me faça avivar a memória que partiu para longe numa viagem sem destino nem regresso. Selámos malas carregadas e bagagens acondicionadas de sentimentos agridoces. Nunca trocámos despedidas nem promessas de voltarmos a destinos onde fomos felizes. Ninguém o fez face à sensação de ter batalhado numa guerra santa sem fundamento. Hoje encontrei-te no local mais improvável de te ter descoberto. Quando olhei bem para ti vivias em mim alojada, clandestina sem pagar aluguer. Assustei-me com a descoberta, com o facto absurdo com que me deparei e por lá te deixei habitar. Encerro-te em mim para não ter que conviver com o fantasma que assombra o nosso livro quimérico de recordações.

Weasley, continuas a presentear-nos com lindos textos Vou várias vezes ao teu blog, ver se tens algo novo para nos mostrar.

Obrigada por partilhares.

Prémio Branquinho da Fonseca

Para os interessados!

Aqui deixo o link para o meu blog

Não sou escritor, não sei escrever mas criei um blog pessoal onde falo sobre mim, sobre algumas experiências que vivi. Dou o meu ponto de vista em algumas coisas. O blog está no inicio mas pretendo continuar a actualizar. Espero que gostem, dêem a vossa opinião, sugestões... o que acharem que eu devo alterar ou não.

Dono, eu não consigo aceder ao blog.

Por motivos de força maior o blog neste momento está privado mas não o eliminei. Quando der torno publico.

Dono, não sabia que tinhas isto aqui. Digo-te do fundo do coração.. Não devias ter partilhado aqui o teu link. Não devias dar a cara pelo blog neste espaço.. as paredes têm ouvidos.

Uma coisa é falares comigo, com pessoas que confias.. Mas toda a gente pode ler este fórum! :/

Neste momento o blog está privado por essa mesma razão Lyra. Obrigado pela tua atenção. Obrigado por me compreenderes.